Assoc. Fronteira Católica: maio 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Diálogo de duas jovens cristãs

- Quem é tu que vens assim de mangas tão compridas, envolta nesta túnica talar, e de véu branco dominical?
- E tu, quem és, com essas vestes sem mangas e tão decotadas, e curtas ... de cabelos muito cortados?
- Sou uma cristã so século XX.
- E eu, uma cristã dos primeiros séculos de fé.
- Teu nome?
- Domitila, Águeda, Cecília, Inez, Filomena, como queiras chamar-me.
- O meu pode ser Haydée, Mimi, Zizi.
- Que nomes!
- Achas graça? Pois são muito eufônicos... e donde vens e para onde vais?
- Venho das catacumbas de Lucila. Passei a noite na cripta com os meus irmãos. Só na solidão e no silêncio da noite é que nos é possível, sem perigo, adorar a Deus.
- E vais ...
- Após pequeno descanso, visitar, na Suburra, uma escrava enferma, recolher o sangue e os despojos de uns mártires sacrificados hoje no Coliseu, cortar ramos de oliveira e apanhar flores para o seu túmulo (mártires). E tu?
- Volto de um baile social.
 

- De um baile? Como as meninas pagãs do meu tempo? E social? Então a sociedade cristã vive agora a bailar? E o grande perigo para tua alma?!
- Isso mesmo pergunta meu confessor.
- É? ...
- Digo-lhe sempre que nenhum. São todos moços educados.
- Moços educados! Por fora e por dentro? ...
- Só posso ver-lhes o exterior.
- De sorte que te preocupas só com o que aparece!
- Sim, senhora...
- E tu, menina do século XX, te julgas, como Aquiles, invulnerável? Donde esta tua fortaleza? (para vencer a tentação)
- Faço as nove primeiras sextas-feiras, comungando nesses dias.
- Nove primeiras sextas-feiras para Jesus e os demais dias do mês para o mundo?
- !!...
- Nós comungamos todas as noites ... nas catacumbas.
- É muito comungar.
- É amar muito a nosso Senhor.
- Eu o amo também.
- Sei sim; nas nove primeiras sextas-feiras pela manhã.
- Vós viveis em tempos de perseguição. A Eucaristia é que é a vossa força.
- E a vós, menina cristã, ninguém vos persegue?
- Não!
- Não! E a vaidade? ... as amizades? ... as leituras? ... os espetáculos e cinemas ...? Olha, menina: os Mandamentos de Deus são invariáveis. E por que te vestes assim, com estes braços e colo tão despidos? Com estas vestes tão ...?
- Mas! ... é a moda.
- E porque não se veste como cristã?
- Achar-me-ão ridícula. Queres que me vista como tu, com uma túnica tão comprida e ampla, com este véu dominical?
- Só quero ver em ti menos transparências. Sabes gramática?
- Estudo para professora.

Santa Cecília, virgem e mártire do século III

- Muito bem. Pois os verbos transparecer, descobrir, adivinhar ... não se devem aplicar aos trajes da mulher cristã, nas suas relações com o corpo. Deve bastar-lhe o verbo cobrir ... Tu me compreendes.
- Perfeitamente.
- Não te alegres por te acharem de talhe delgado, de ... Rejubila-te quando te acharesm um anjo de pureza e de beleza sobrenatural. Compreendes?
- Sim, sim.
- Pois medita sobre tudo isso, e adeus, senhorita Mimi.
- Adeus, Cecília.

(Audi Filia - Pe. Geraldo Pires de Souza)

terça-feira, 8 de maio de 2012

I Encontro de moças da SAS no Paraguai

Caríssimas leitoras e amigas,
Salve Maria!

Recebemos um comunicado do Pe. Carlos Herrera (FSSPX, Buenos Aires) e temos o prazer em anunciar o I Encontro de Moças da Sancti Andreae Societas, Sociedade de Santo André (SAS) no Paraguai.
Encontro da SAS em Córdoba, agosto de 2011.

O encontro se dará entre os dias 12 a 15 de Maio. Haverá patrocínio da Itaipu Binacional, que ofereceu local para hospedagem, Refugio del Parque Ecológico Tati Yupí (em Hernandarias, próximo à fronteira com o Brasil) e translados

Duas sócias da Argentina virão para ajudar Lagrimas García Gallardo, é uma das Sócias Fundadoras,
e já visitou Paraguai no ano passado, ela tem um irmão sacerdote, e Milagros Roldan que tem um irmão no seminário, e uma irmã no noviciado das monjas.

Ainda não temos informações mais detalhadas, mas em breve postaremos aqui detalhes sobre o que levar, horários, preços, etc.

No entanto, fazemos o convite a todas as moças que puderem vir! Sabe-se quão belo é o projeto SAS, e com certeza será muito proveitoso espiritualmente tal encontro!

Para inscrições ou informações, favor entrar em contato conosco, através das seguintes formas:
  • Pelo email: grupodombosco@live.com ou comtetolosae@gmail.com
  • Pelo telefone (tim): (45) 9944-4529

domingo, 6 de maio de 2012

Use sua mantilha com prazer

Por Ir. Patrícia Therese, OPB

Em antigas tradições de milhares de anos atrás, o “véu” representava pureza e modéstia em várias religiões e culturas. Um véu é tanto um símbolo com um místico sacrifício que convida a mulher a subir a escada da santidade.

Quando uma mulher cobre sua cabeça na Igreja Católica, simboliza sua dignidade e humildade diante de Deus, não dos homens. Não é surpresa as mulheres de hoje terem tão facilmente abandonado a tradição do véu quando os dois maiores significados do véu são pureza e humildade.

A mulher que cobre sua cabeça na presença do Senhor Jesus no Santíssimo Sacramento está lembrando para si mesma que diante de Deus se deve ser humilde. Assim como com todos os outros gestos exteriores, se é praticado adequadamente, penetra no coração e é traduzido em ações bem significativas. O “véu” cobre o que o Senhor, na Sagrada Escritura, chama de “a glória da mulher”, o seu cabelo. Cobrir seus cabelos é um gesto que a mulher faz espiritualmente para “mostrar” a Deus que reconhece que sua beleza é menor que a dele e que a glória dele está muito acima da sua.

Fazendo isto a mulher é relembrada que as virtudes não podem crescer numa alma sem uma grande medida de humildade. Assim ela usa o véu para agradar a Deus e recordar a si mesma de praticar a virtude com mais ardor.

Não há outra peça de roupa que a mulher deva vestir para servir com esta função. O véu simbolicamente motiva a mulher a “inclinar” a cabeça em oração, a abaixar o olhar diante da grande e misteriosa beleza e poder de Deus no Santíssimo Sacramento. Pela inclinação da cabeça e pelo abaixar dos olhos, ela está mais apta a adorar a Deus na capela interior do seu coração, sua alma.

O véu que a mulher usa lhe confere um belo senso de dignidade. Quando ela o usa, ela se identifica com a maior criação de Deus, a Bem-aventurada e Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus. Não houve na terra quem mais amasse e ama o Senhor que a Bem-aventurada Virgem Maria. Em seu amor, sua humildade exalada como doce incenso perfumado diante de Deus. O véu que ela usou simbolizava sua pureza, modéstia e obviamente sua profunda humildade e submissão a Deus Todo-poderoso.

As mulheres que amam Jesus devem perceber que a imitação de sua Mãe pelo uso do véu e por outras virtudes é um pequeno sacrifício a ser feito a fim de crescer na compreensão espiritual da pureza, da humildade e do amor.

A coberta de cabeça da mulher na Igreja é um surpreendente lembrete de modéstia, algo antigo, mas perdido na sociedade de hoje. Modéstia e pureza caminham de mãos dadas.

Quando uma mulher cobre a cabeça ela está protegendo o coração para que possa ser cortejado pelo amor de Deus no Santíssimo Sacramento. Este é um místico ‘país’ onde somente o Eterno Pai pode entrar. Seu véu é como as lâmpadas acesas das virgens à espera do Esposo, uma indicação de que ela está preparada para recebê-lo a qualquer momento, uma auréola de seu amor espiritual pelo Esposo. Usar o véu é um ato de amor a Deus.

Por que uma mulher usaria um véu na igreja? Não para ser louvada, nem por causa da tradição, nem para “aparecer” na multidão, nem porque você diz ou eu digo ou qualquer um diz... Mas porque ela ama nosso Senhor Jesus Eucarístico e porque é este mais um pequeno sacrifício que ela deve oferecer pela sua alma e por muitas almas que não têm ninguém que por elas se sacrifique. Amém.