Pe. René Trincado - México
Tradução: Capela N. Senhora das Alegrias
Tradução: Capela N. Senhora das Alegrias
“Não os
estranheis se o mundo os odeia”. Com essas palavras começa a epístola de hoje
(1 Jo 3,13)
E disse
Nosso Senhor no Evangelho de São João: Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a
mim antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus.
Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos
odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o
seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. (Jo 15, 18 – 20).
São João
Crisóstomo comenta esta passagem evangélica dizendo que ser odiado do mundo é
uma prova de santidade; e que é de lamentar ser amado pelo mundo, porque isso
prova nossa perversidade. E São Gregório diz que a censura dos maus é a
aprovação de nossa vida.
Disse também
Nosso Senhor: Os odiarão todos os homens por causa do meu nome, mas o
que perseverar e estiver firme até o fim, esse será salvo (Mt 10, 22; Mc 13, 13)
E acrescenta: Bem
aventurados sereis quando os injuriarem e os perseguirem e dizendo todo mal
contra vós, mentindo, por minha causa. Exultai-vos e alegrai-vos, porque vosso
prêmio é muito grande nos céus, pois assim também perseguiram os profetas que
houveram antes de vós. (Mt 5, 11-12)
E no Evangelho
de São Lucas: Bem aventurados sereis quando os odiarem os homens, e os
expulsarem, e os ultrajarem, e rejeitarem vosso nome como mal por causa do
Filho do homem. Alegrai-vos naquele dia, e regozijai-vos; porque vosso prêmio
será grande no céu. (Lc 6,22-23)
Em 1988, Monsenhor
Lefebvre, com o fim de manter vivo o combate pela fé, a guerra contra o
modernismo imperante até hoje; se viu na obrigação de consagrar quatro bispos.
Os modernistas de Roma o excomungaram, junto a Monsenhor de Castro Mayer e os
quatro bispos consagrados. Se tratou – por certo – de uma sanção nula em razão
de sua total injustiça. Mas aos olhos do mundo ficaram excomungados.
Se cumpriam
brilhantemente as palavras de Cristo nestes homens: junto com o decreto de
excomunhão fulminado pelos hereges modernistas, se faziam credores do ódio de
todos os inimigos de Deus. Essa era uma prova paupável, a certidão de uma
predileção de Deus, como também um correlativo ódio particular do demônio. Essa
excomunhão era, portanto, uma imensa honra e um título de singular glória aos
olhos de Deus.
Morreram
Monsenhor Lefebvre e Monsenhor de Castro Mayer, passaram os anos, e, como
sabemos, as idéias a respeito foram mudando. Já não se olhou essa excomunhão de
maneira sobrenatural, como algo honroso em extremo, senão que se começou a
considerar de modo puramente humano: a excomunhão era um estigma, uma
ignomínia, um impedimento para que as almas se aproximassem da Tradição, um
obstáculo para os tratamentos com Roma, uma lepra ultrajante e espantosa que
nos condenava a viver excluídos e confinados.
Foi assim como,
no ano de 2009, a petição da Fraternidade, Roma liberal depos o “levantamento”
da dita sanção. Os modernistas tiveram a intenção, com ele, de realizar um ato
de “perdão aos culpáveis”, uma “remissão misericordiosa”.
Se cantou o Te
Deum e muitos na Fraternidade celebraram jubilosos este acontecimento. Era a
hora do crepúsculo. A congregação explorava caminhos novos. Se começava a
diluir a antiga santa intransigência de Monsenhor Lefebvre, ao tempo que se
consolidava um modo novo de relacionar-se com os modernistas destruidores da
Igreja, um proceder estranho cujas notas distintivas são a ambiguidade nas
palavras, a astúcia diplomática, o cálculo político, o sigilo e a covardia.
Caminhava e segue caminhando a congregação ao precipício, conduzida pelos que
buscam alianças adúlteras e acordos traidores. Mas esta é vossa hora, e
o poder das trevas (Lc 22, 53).
Estimados
fiéis: o que perseverar e estiver firme até o fim, esse será salvo. Estejamos
firmes. Que nada nem ninguém nos faça abandonar os princípios de Monsenhor
Lefebvre. Que nada nem ninguém nos separe da verdade. Que Deus nos faça sempre
fiéis a ela. Que nos conceda seguir o exemplo dos mártires que deram a vida por
negar-se a oferecer um só grão de incenso. Que nos dê sua graça para imitar a
resolução de homem como o Padre
Maldonado, cuja tumba se encontra a poucos
metros de nossa capela, cujos familiares estão aqui presentes: esse santo
sacerdote soube morrer por Cristo nas mãos destes filhos do diabo cujas
venenosas idéias inspiraram o fatídico Vaticano II, a maior calamidade em toda
a história da Igreja, da qual um dia não ficará nem uma só vírgula, quando Deus
purificar a sua Igreja.
Pe. Maldonado |
Não fomos
criados para a mediocridade, nem para a traição, nem para a covardia, nossa
vocação comum é a caridade ardente e combativa. Mas os covardes, os
incrédulos, os abomináveis, os homicidas, os fornicadores, os feiticeiros, os
idólatras e os mentirosos, terão sua parte no lago de fogo e enxofre (Ap.
21, 8) Que o Céu nos conceda a fé profunda, a abrasadora caridade e a fortaleza
heróica do P. Maldonado. Então seremos invencíveis. Então diremos como São
Paulo: tudo posso nAquele que me faz forte (Fil. 4, 13).
Ânimo!,
estimados fiéis, ânimo! Ânimo na batalha! Conservemos o posto de combate até o
fim! Animo porque é inevitável nossa vitória, a vitória de Cristo! Nos disse Nosso Senhor: no mundo tereis tribulações, mas ânimo!. Eu
venci o mundo. (Jo 16, 33)
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